Suspeito de matar motociclista atropelado e fugir em Mogi Mirim é ex-policial militar
15/04/2025
(Foto: Reprodução) Homem foi preso em outra cidade após esposa dele ver danos no carro e acionar a polícia. Ele vai responder por homicídio culposo. Acidente envolveu dois carros e duas motos; uma pessoa morreu
Cláudio Felício/Portal da Cidade Mogi Mirim
O homem preso suspeito de matar um motociclista e fugir sem prestar socorro em Mogi Mirim (SP), na noite do último domingo (13), é ex-policial militar. A informação foi confirmada pela corporação nesta terça-feira (15).
Em nota, o 8º Batalhão de Polícia Militar do Interior informou que Robinson Rogério Corazin respondeu a um processo criminal no Tribunal de Justiça Militar de São Paulo que terminou em novembro de 2024 e, desde então, deixou de integrar a corporação.
O ex-PM foi preso em Conchal (SP) após a esposa dele perceber os danos no veículo e acionar a polícia. Ele vai responder por homicídio culposo, quando não há a intenção em causar a morte.
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O g1 tenta contato com a defesa do suspeito.
Batida envolvendo 2 carros e 2 motos deixa uma pessoa morta e outra ferida, em Mogi Mirim
O acidente
A batida foi na Rodovia Monsenhor Clodoaldo de Paiva (SP-147) e envolveu dois carros e duas motocicletas.
De acordo com o registro da ocorrência, um veículo bateu em uma motocicleta e o motorista não parou para prestar socorro. O motociclista, chamado Júlio Cesar Aparecido Marcelino, morreu no local.
Em seguida, uma motociclista atingiu a moto já caída na via. A mulher teve ferimentos e foi socorrida. Na sequência, um automóvel bateu na mesma moto que estava no rodovia e pegou fogo.
Negou teste de bafômetro
Corazin afirmou à polícia que não parou para prestar socorro porque imaginou que tinha batido em um animal ou que uma pedra havia atingido o carro.
Só quando o homem, que se identificou como corretor de imóveis, chegou em casa que a esposa dele, ao ver a destruição do veículo, acionou a polícia.
Os policiais rodoviários questionaram se o suspeito havia ingerido bebida alcoólica e se faria teste de bafômetro. Ele afirmou que não bebeu, mas não aceitou fazer o teste e preferiu realizar o exame de sangue.
Motociclista morreu em acidente em Mogi Mirim
Reprodução/EPTV
'Sequer estava prestando atenção', diz delegado
O delegado responsável pelo caso, Fabio Nader Chrysostomo, decidiu manter o ex-PM preso e arbitrou fiança de R$ 10 mil. O suspeito foi liberado após pagamento do valor.
Segundo o boletim de ocorrência, o delegado verificou que o carro do suspeito ficou com “um grande amassado no vidro dianteiro do veículo, inclusive com o formato de uma cabeça”.
"Também existem grandes amassados na lataria frontal (capô) do carro, não compatíveis com uma pedra arremessada. Se não conseguiu visualizar o motociclista em sua frente, nem conseguiu identificar no que havia colidido, significa que sequer estava prestando atenção na estrada".
Além disso, o delegado argumentou que nenhuma medida no sentido de comunicar o fato a alguma autoridade ou funcionário da estrada foi feita pelo motorista.
Pelo depoimento da esposa de Corazin, o delegado afirma que foi possível verificar que tanto ele quanto ela perceberam que algo “sério havia acontecido”.
"Assim que o marido chegou em casa e contou o que havia acontecido, [ela] preferiu sair rapidamente da residência e ligar para a polícia", concluiu o delegado.
O que diz a Secretaria de Segurança Pública?
"A Polícia Militar esclarece que o homem mencionado é ex-integrante da corporação. Em novembro de 2024, ele foi submetido a processo de perda da graduação e excluído definitivamente das fileiras da instituição. O caso segue sob investigação por meio de inquérito policial instaurado na Delegacia de Mogi Mirim, que realiza diligências para o esclarecimento dos fatos. Na ocasião, o indiciado foi preso em flagrante, e liberado posteriormente mediante pagamento de fiança".
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